“Ela tem bastante autonomia. Às vezes toma decisões diferentes da nossa. Tem vez que acaba dando certo.” De acordo com o treinador, Diego Guimarães, 29, esse é o perfil de Iris Tang Sing, 24, lutadora de taekwondo.
Promessa de medalha na Rio-2016 na categoria até 49 kg, disputada nesta quarta (17) a partir das 9h, Sing teve a autonomia como trunfo para seguir no taekwondo e chegar aos Jogos entre as melhores do mundo.
Com apenas 18 anos, teve que sair de casa porque a mãe não aceitava a vontade que a filha tinha de seguir carreira no esporte.
“No início, a carreira de atleta não dava dinheiro, e a mãe não via futuro”, conta o treinador.
Atualmente, as duas se falam normalmente e a mãe estará no Rio para assistir a filha.
Quando saiu de casa, Sing foi acolhida pela família de Guimarães. Segundo ele, a atleta só deu um salto esportivo e financeiro após entrar para o exército.
“Ela entrou em 2011. Foi aí que passou a ter um suporte financeiro e estrutural, porque antes ela só recebia o Bolsa Atleta”, diz Guimarães.
No ano passado, a lutadora conquistou bronze em seu primeiro Mundial, na Rússia, na categoria até 46 kg, e no Pan de Toronto, na categoria até 49kg – no Pan e nos Jogos, não há a categoria até 46 kg.
No Rio, ela tenta ao menos repetir o bronze de Natalia Falavigna, em Pequim-2008.
“O objetivo é uma medalha. Queremos o ouro, mas não é a prioridade”, afirma Guimarães.
Fonte: UOL
ADRIANO MANEO