Mesmo com as provas contra o petista, o juiz Sadraque Oliveira Rios, da Comarca de Santo Amaro, negou o pedido de prisão contra Machado
Segundo a coluna Satélite do jornal Correio, o petista era responsável por negociar pessoalmente com o delator os valores das propinas pagas a ele sobre contratos fraudados. No total, segundo as investigações deflagradas em 2016 pela Promotoria de Santo Amaro, foram desviados R$ 2,73 milhões apenas com aquisição fictícia de produtos da Ayres Materiais de Construção.
No mesmo depoimento, o delator da Adsumus disse aos promotores de Justiça da cidade que, em 2012, foi chamado para uma conversa a sós no gabinete do então gestor reeleito, quando pagou R$ 8,1 milhões em propina para mesma empresa.
Por três vezes em 2016 – em janeiro, julho e dezembro –, a Justiça determinou o afastamento imediato do então prefeito Ricardo Machado (PT) e do seu vice Leonardo Pacheco (PSB), pela investigação de associação criminosa, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e crime de responsabilidade.
O vice – O delator também narrou qual a participação do ex-vice-prefeito de Santo Amaro, Leonardo Pacheco (PSB), preso na cidade do Recôncavo Baiano, nesta segunda-feira (27). Segundo Lobo, Pacheco foi designado por Machado para receber a propina em dinheiro ou por meio de depósito em contas bancárias de empresas administradas por Pacheco e outros investigados na Adsumus – entre eles, Roberto Santana, dono da Gautech, que está foragido.
O conjunto de indícios entregues pelo delator foi decisivo para levar Pacheco à cadeia. Contudo, mesmo com as provas contra o ex-prefeito, o juiz Sadraque Oliveira Rios, da Comarca de Santo Amaro, negou o pedido de prisão contra ele. Fonte: Bahia.ba/ Foto: Mateus Pereira/Secom