Dia do radialista: a força das vozes que informam, entretêm e aproximam o público

O rádio é, há mais de um século, uma das maiores potências da comunicação brasileira. E neste dia 7 de novembro, o país comemora o Dia do Radialista, uma homenagem àqueles que fazem das ondas sonoras um espaço de informação, cultura e emoção. A data foi estabelecida em memória de Ary Barroso, ícone da música e da locução esportiva no país, que nasceu no dia 7 de novembro de 1903 e simboliza a importância dos profissionais que se tornaram parte do dia a dia e da história do povo brasileiro.

Na Bahia, o rádio tem uma ligação direta com a cultura popular e com o modo de ser do baiano, comunicativo, bem-humorado e próximo do público. Entre os nomes mais marcantes do rádio baiano, Raimundo Varela é um dos mais emblemáticos. Com seu estilo direto e carisma inconfundível, ele conquistou o público nas rádios Sociedade da Bahia e Itapoan FM, além de se tornar uma figura respeitada na televisão no comando do programa Balanço Geral. Varela ajudou a consolidar o modelo de jornalismo popular que mistura notícia, opinião e a linguagem do povo.

Outro nome fundamental é Mário Kertész, fundador e âncora da Rádio Metrópole, emissora que revolucionou o jornalismo baiano ao priorizar a análise política, o debate plural e o contato direto com o ouvinte. Kertész, que também teve carreira na política, é conhecido por dar voz a diferentes setores da cidade e por manter o rádio com um espaço democrático e crítico em meio à era digital.

Mesmo com o avanço da tecnologia, o rádio não perdeu relevância. Pelo contrário, adaptou-se, chegou aos aplicativos, aos podcasts e às transmissões online, sem perder o calor humano que o diferencia. Em tempos de excesso de informação, o radialista segue sendo aquele que traduz, interpreta e humaniza as notícias.