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Três pessoas são presas em esquema de fraude em órgão de trânsito em Jequié

Na manhã desta sexta-feira (20), três pessoas foram presas em Jequié, município localizado no sudoeste da Bahia, suspeitos de fraudarem documentos públicos e particulares de veículos na cidade. Conforme a polícia local, o prejuízo é de cerca de R$ 7 milhões.

O reconhecimento de firma falso era realizado por um despachante na 7ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran/Jequié) e as investigações indicaram o envolvimento de outros funcionários e trabalhadores terceirizados do órgão.

Segundo Moabe Macedo, delegado titular de Jequié, os policiais iniciaram as apurações do crime em 2019, quando foi registrada uma ocorrência que um veículo teria sido transferido para o nome de outra pessoa sem assinatura do legítimo proprietário no Certificado de Registro de Veículo (CRV).

No total, a Justiça emitiu outros oito mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão, sendo 15 em Jequié e outros dois em Salvador e Lauro de Freitas.

Os presos podem responder pelos crimes de falsificação de documento público, falsificação de documento particular, corrupção passiva, corrupção ativa, uso de documento falso e organização criminosa.

Como funciona o esquema

De acordo com as investigações da Polícia Civil de Jequié, no primeiro emplacamento não é obrigatória a vistoria veicular. Com isso, os criminosos conseguiam dados das notas fiscais e falsificavam este documento além de outros necessários para apresentação no Ciretran.

O grupo usava nomes de “laranjas” para constar na documentação do veículo inexistente que estava sendo licenciado.

Com isso, concessionárias de veículos tiveram prejuízo porque os verdadeiros veículos ficavam “presos” nos pátios sem poder ser vendidos porque os sinais identificadores eram utilizados nas fraudes.

Ainda conforme a polícia, a mesma fraude também era usada para aplicar golpes em veículos furtados ou roubados, quando outros suspeitos adulteravam os sinais identificadores de veículos para poderem passar na vistoria veicular em novo emplacamento. Neste caso também era praticado o crime de falso reconhecimento de firma no CRV.

Além disso, documentos particulares e públicos também eram falsificados para facilitar as fraudes, sendo constatada a falsificação de outros documentos para acelerar os emplacamentos de veículos regulares.

 

 

(Varela Net).

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