“Acho que estou morrendo”
Estudante de enfermagem da Universidade de Georgetown, em Washington, postou mensagem no Twitter quatro dias antes de morrer de uma aparente meningite
Andréa Jaime era estudante da Escola de Enfermagem e Ciências da Saúde da Universidade de Georgetown, em Washington.Ia se formar em 2017. Na sexta-feira passada, ao se sentir mal, a garota de 19 anos postou uma mensagem no Twitter em que dizia: “Morrer deve ser assim”. Em seguida, respondeu a uma interação na rede social: “105 de febre (cerca de 40 °C). Acho que estou morrendo”.
Não foi brincadeira. Quatro dias depois, Andrea, natural de Bogotá, na Colômbia, morreu no hospital da universidade de uma “aparente meningite”, de acordo com a instituição. “Estamos esperando os resultados dos exames para confirmar a causa exata da morte”, disse o comunicado da universidade.
De acordo com a rede de televisão CNN, os funcionários da escola não revelaram quando, onde ou como Andrea ficou doente. A faculdade afirmou que está oferecendo ajuda aos estudantes de luto e disse que “precauções médicas foram tomadas”. Por outro lado, tranquilizou funcionários e demais alunos dizendo que, neste momento, não é necessário que adotem medidas mais rigorosas para a prevenção da doença. Segundo a universidade, não houve outro caso de meningite no campus. Mesmo assim, orientou a comunidade acadêmica sobre onde e como podem obter ajuda médica.
E acrescentou: “Serviços de Saúde para Estudantes estão incentivando os membros da universidade para dar mais atenção às práticas de higiene pessoal, incluindo a lavagem das mãos com água e sabão ou usar desinfetantes para as mãos à base de álcool regularmente. Para evitar a propagação da doença, a pessoa deve evitar compartilhar copos, cosméticos, escovas de dente, materiais para fumar ou qualquer coisa que entra em contato com a boca.”


Há cerca de 4.100 casos de meningite bacteriana anualmente nos Estados Unidos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças. Embora a doença possa afetar qualquer pessoa, estudantes universitários que vivem em dormitórios estão mais suscetíveis. “Doenças infecciosas tendem a se espalhar mais rapidamente onde grandes grupos de pessoas se reúnem. Calouros universitários residentes em moradia e militares estão em maior risco de meningite meningocócica (causada pela Neisseria meningitidis)”.
No Brasil, são registrados cerca de 20 mil casos de meningite (de todos os tipos, não apenas a bacteriana) por ano. Saiba mais sobre a doença no site do Ministério da Saúde.
FONTE: ÉPOCA