
Foi de lavar a alma. A chuva que caiu nesta madrugada na Arena de Copacabana batizou não apenas o ouro inédito de Alison e Bruno, mas também a marca de melhor campanha do Brasil em Olimpíadas. Com a quinta medalha dourada no Rio-2016, a delegação brasileira igualou o recorde de cinco ouros de Atenas-2004, mas já superou qualitativamente a edição grega, com cinco pratas contra duas. Para quem ficou com o segundo lugar em Londres-2012, como Alison, o lugar mais alto do pódio, conquistado com a vitória contra os italianos Nicolai e Lupo por 2 a 0 (21/19 e 21/17), tem um sabor ainda mais especial.
Em sua estreia olímpica, há quatro anos ele teve a parceria de Emanuel. Após uma campanha de superação, vencendo jogos improváveis, a dupla chegou à decisão contra os alemães Brink e Reckermann. O ouro não veio. Na ocasião, o Mamute não suportou. O gigante de 2,03m caiu em prantos após a derrota.
Quatro anos depois, vieram novas lágrimas. Desta vez, pela conquista que finalmente veio. Afinal, ele carregava nos ombros o peso de toda uma geração em busca do lugar mais alto no pódio dos Jogos.
— Meu pé está 100%. Só está enfaixado para as pessoas acharem que ele está machucado — brincou o sempre bem-humorado menino de Cachoeiro de Itapemirim (ES).
Fonte e Foto: O Globo