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João de Deus é condenado a mais 99 anos de prisão por crimes sexuais

João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi condenado a quase 100 anos de prisão, nesta segunda-feira (10). De acordo com o g1, o autointitulado médium responde pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude em mais três processos.

A sentença de João Teixeira nas três ações foi somada em 99 anos, 8 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado. Ele também terá que pagar uma indenização no valor de R$100 mil por danos morais às vítimas. Oito mulheres denunciaram crimes entre os anos de 2010 e 2018.

O advogado de defesa Anderson Van Gualberto de Mendonça afirmou que ainda não foi intimado sobre as sentenças:

“Caso essa nova sentença adote as metodologias anteriores, estão fadadas a reforma pelos tribunais superiores, uma vez que estão em desacordo com a nossa legislação penal”, disse Mendonça ao portal UOL. Por fim, a defesa negou qualquer envolvimento de seu cliente nos crimes de violência sexual.

Apesar da condenação para o regime fechado, João de Deus segue em prisão domiciliar. Após a sentença deferida hoje, restam outros quatro processos para serem julgados, todos já em fases de alegações finais, segundo o Tribunal de Justiça do Estado. Atualmente, as penas do ex-líder da Casa de Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), somam 370 anos, 9 meses e 15 dias de reclusão. As sentenças aguardam julgamento de recursos.

O médium está preso desde 2018 após as denúncias virem à tona no programa “Conversa com Bial” e no jornal “O Globo”. No entanto, ele foi liberado para prisão domiciliar em março de 2020, por conta da pandemia de Covid-19. Conforme o Ministério Público, é improvável que o condenado retorne à prisão devido sua idade.

Mais de 320 mulheres relataram os abusos sexuais enquanto faziam atendimentos espirituais com o médium, na movimentada casa Dom Inácio de Loyola. Os crimes foram investigados por uma força-tarefa e, em questão de dias, mais de 600 denúncias similares foram recebidas.

Entretanto, muitos dos casos estavam prescritos quando foram registrados, e por isso nem todos chegaram à Justiça. Segundo a publicação do UOL, essas mulheres foram listadas como “testemunhas de colaboração”. As vítimas são de vários estados brasileiros e ao menos de dez países, incluindo Holanda, Estados Unidos e Austrália.

 

 

(Varela Net).

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