Policial

Fernando Baiano, operador do “Petrolão”, se entrega na sede da Polícia Federal

“Fernando está sendo usado como bode expiatório e ele não tem nada com o PMDB”, diz advogado de defesa

Baiano estava escondido em São Paulo desde a última sexta (14). O advogado dele, Mário de Oliveira Filho, afirmou na segunda (17) que o cliente é usado como “bode expiatório” na operação Lava Jato. “O Fernando está sendo usado como bode expiatório e ele não tem nada com o PMDB, com ninguém, absolutamente ninguém, nada, zero de PMDB”, disse.

De acordo com Mário de Oliveira Filho, Baiano havia se colocado à disposição para colaborar com a investigação da PF assim que foram divulgadas na imprensa informações sobre o seu suposto envolvimento no esquema de corrupção e pagamento de propinas na Petrobras, em abril deste ano.

“Ele vinha colaborando, estava intimado, se apresentou espontaneamente duas vezes por petição, forneceu o endereço, aceitou intimação por telefone, o que não existe, abriu mão da carta precatória para ser ouvido no Rio de Janeiro, marcou audiência para amanhã e mandaram prendê-lo. Não tem sentido”, afirmou.

Ao depor à PF e ao Ministério Público Federal em outubro, o doleiro Alberto Youssef afirmou que Fernando Baiano fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo. A assessoria de Michel Temer, presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, informou nesta sexta que o lobista “nunca teve contato institucional com o partido”.

Vale lembrar que, dentre os 25 alvos da operação que tiveram prisão decretada na última sexta, apenas Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) está foragido.

Foto: Divulgação
Varela Notícias

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