Policial

Presídio de Feira é impedido pela Justiça de receber novos presos

A Seap informou, por meio de nota, que irá cumprir a decisão integralmente, porém recorrerá da decisão

O Presídio Regional de Feira de Santana (CPFS) não poderá receber novos presos. Segundo a Secretaria de Administração e Ressocialização do Estado (Seap), a decisão judicial é temporária e foi movida por uma ação do Ministério Público.

Ainda de acordo com a Seap, a Justiça determinou que seja feita a separação dos internos sentenciados dos provisórios. Além disso, será necessário comprar scanners, instalar circuito de TV e contratar mais agentes. A superlotação da unidade também foi questionada.

A Seap informou, por meio de nota, que irá cumprir a decisão integralmente, porém recorrerá da decisão “tendo em vista que não lhe foi dado o direito ao contraditório, não tendo sido procedida a citação/intimação do Estado, à Procuradoria, ainda que tais providencias ali tenham sido elencadas”.

 Ainda de de acordo com a Seap, o Presídio Regional de Feira de Santana possuía 340 vagas quando a Seap foi criada no ano de 2011, mas passou por um projeto de ampliação e modernização e, hoje, tem capacidade para 1.356 internos.

A unidade já conta com pavilhões específicos para alojamento de presos provisórios e sentenciados, entretanto, dos 1.788 internos do presídio, 1.209 são presos provisórios aguardando decisão judicial efetiva.

Ainda em nota, a Seap informou que conta com a entrega das novas unidades penitenciárias de Salvador, Irecê, Vitória da Conquista, Brumado e Barreiras para deslocar presos excedentes de unidades já existentes.

Chacina
Foi no CPFS que oito detentos morreram – um deles foi decapitado – durante rebelião em maio do ano passado. A rebelião começou durante o período de visitas e cerca de 90 familiares dos detentos que estavam no local foram feitos reféns.

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Famílias acompanharam rebelião do lado de fora (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)

Após 18 horas de revolta, os detentos do pavilhão 10 do Conjunto Penal de Feira de Santana finalizaram a rebelião. As negociações foram lideradas pelo coronel PM Adelmário Xavier, do Comando de Policiamento da Regional Leste (CPRL). As famílias, incluindo mulheres e crianças feitas reféns, foram liberadas aos poucos. Ninguém ficou ferido. Fonte e Foto: Correio

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