
A equipe técnica que estuda a transição para o governo Rui Costa, que tem como coordenador o Secretário da Fazenda, Manoel Vitorio, já tem definido algumas das mudanças que fará na máquina pública. Uma delas é a privatização ou extinção da EBAL – Empresa Baiana de Alimentos, conhecida como Cesta do Povo.
Embora tenha a maior rede de abastecimento alimentar da Bahia, contando com 288 lojas (52 na capital Salvador e Região Metropolitana) e esteja presente em 236 municípios baianos, comercializando mais de 2.500 itens, a Cesta do Povo vem tendo prejuízo todo ano.
Em média o Tesouro Estadual tem de transferir para a empresa cerca de R$ 50 milhões por ano, para cobrir o prejuízo na venda de produtos. O montante representa metdade do orçamento serão da Secretária de Turismo em 2015.
Na verdade, desde de 2002, os técnicos recomendavam a extinção da empresa, argumentando que além de dar prejuízo não faz sentido o Estado manter uma empresa de venda de alimentos já que o setor privado cumpre essa função à contendo.
A empresa foi mantida por motivos polítcos nos governos de Antonio Carlos Magalhães e Paulo Souto e,no período, sofreu denúncias de desvios. Em 2007, a Cesta do Povo apresentava um rombo superior a R$ 600 milhões.
O governador Jaques Wagner manteve a empresa e fez diversas reformulacões ao longo do seus oito anos de governo, mas sem resolver a questão da inviabilidade econômica.
A dificuldade para a privatização da empresa é que ela cumpre um papel importante, especialmente nos pequenos municípios, e tem a função de central de abastecimento.
Há na equipe de transição quem defenda que a empresa deixe de comercializar produtos e torne-se uma central de distribuição. O problema é verificar a viabilidade econômica dessa nova função.
Outra empresa que deve ser extinta ou reformulada completamente é a EBDA- Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola. A EBDA surgiu no ano de 1991, a partir da fusão entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária da Bahia (Epaba) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Bahia (Emater-BA) para liderar no estado a política de extensão rural.
No entanto, passado 23 anos a empresa tem ação insignificante tanto no que se refere à pesquisa Agropecuária, quanto a Assistência Técnica e Extensão Rural.
Fonte; Bahia Economica
Foto; Divulgação