A votação sobre a inclusão de políticas públicas voltadas à temática LGBTQIA+ no Plano de Cultura aprovado pela Câmara de Salvador teve muita polêmica por parte dos vereadores autodeclarados cristãos.
Duante a sessão, ocorrida na quarta-feira (15), cinco dos seis vereadores critãos fizeram discursos inflamados no plenário da Casa.
A vereadora Cátia Rodrigues afirmou que “cultura LGBT” não se passa de pai para filho e citou as tradições dos colonizadores portugueses como exemplo do que deveria ser valorizado. O pededista Anderson Ninho, de um partido tradicionalmente de esquerda, deu “graças a Deus” por ter votado contra o projeto.
Os vereadores cristãos que votaram contra foram: Anderson Ninho (PDT), Alexandre Aleluia (DEM), Cátia Rodrigues (DEM), Júlio Santos (Republicanos), Isnard Araújo (PL) e Ireuda Silva (Republicanos).
Outros vereadores da bancada religiosa voltaram atrás na decisão e não votaram a favor da inclusão. Foram eles: o líder Ricardo Almeida (PSC), Orlando Palhinha (DEM), Débora Santana (Avante) e Joceval Rodrigues (Cidadania). Dos que rejeitaram, Ireuda foi a única que não discursou no púlpito após aprovação da matéria enviada pela Prefeitura.
Os demais parlamentares, que, inicialmente eram contrários, voltaram atrás após inclusão das culturas cristãs e gospel no plano. No discurso, todos evocaram o nome de Deus, alguns se equivocaram ao se referir orientação sexual como “opção sexual” – termo equivocado para designar pessoas da comunidade LGBTQIA+.
(Varela Net).